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TRISTEZA: Ucraniano de 6 anos é morto a tiros em fuga: “Não quero morrer”

“Mamãe, eu não quero morrer. Eu sou novo demais”, foi uma das últimas frases do ucraniano Maxym Franko, de seis anos. Momentos depois, a criança estava morta, quando a família tentava fugir do bairro de Vynohradar, perto de Irpin, uma cidade satélite que se tornou uma linha de frente na guerra da Rússia contra a Ucrânia.

A morte do menino ocorreu em 26 de fevereiro e a mãe dele, Anna Chechelnytska, fez um relato comovente dos momentos de terror que seus familiares passaram após serem atingidos sem nenhuma razão por vários disparos de artilharia pesada e à queima-roupa.

Anna Chechelnytska contou que ela e os dois filhos – Maxym e Alina, de 13 anos, frutos de dois casamentos que terminaram em divórcios – haviam sido convidados pelo primo dela, Oleksandr, para ficar no apartamento da família no bairro de Vynohradar, perto de Irpin. “Mas o bombardeio lá rapidamente se tornou intenso”, contou.

Como as crianças estavam muito assustadas, as duas famílias decidiram deixar a cidade juntas e ir para a casa de parentes em Revne, no oeste da Ucrânia. Seis pessoas estavam no carro de Olexandr, entre eles a família de Anna. Maxym levava inclusive o hamster Bodia e o gato branco Sniezhka. Todas as crianças estavam no banco de trás do carro, Maxym no colo de Anna.

“Passamos com sucesso por dois postos de controle militares ucranianos. Mas quando estávamos em uma estrada de acesso bem em frente ao Ministério da Infraestrutura, o carro ficou sob fogo pesado.”

Oleksandr, que estava dirigindo o carro, morreu na hora. Anna levou um tiro na cabeça, perto da orelha. Alina foi atingida por balas na mão direita e no joelho esquerdo. Mas Maxym já estava morto quando foi tirado do carro. os bichinhos que ele levava com todo cuidado fugiram quando as portas do veículo se abriram.

“Não entendo por que fomos baleados. As janelas do carro eram transparentes. Quem quer que fosse com certeza podia ver que carregava mulheres e crianças. Oleksandr nem estava indo rápido”, lamentou a mulher.

Fonte: Metrópoles

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