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Temporal do litoral norte de São Paulo é o maior já registrado no país

A MetSul informou nesta segunda-feira, 20, que o temporal que atingiu o litoral norte de São Paulo no último final de semana é o maior registrado na história do Brasil. De acordo com o instituto de meteorologia, os volumes de chuva alcançaram marcas que não costumam ocorrer na esmagadora maioria dos locais do planeta e que normalmente são vistos durante a passagem de ciclones tropicais.

A empresa ainda informou que, conforme os dados do Centro Nacional de Previsão de Monitoramento de Desastres (Cemaden), em 24 horas, a chuva somou 680 mm em Bertioga, 626 mm em São Sebastião, 388 mm no Guarujá, 337 mm em Ilhabela, 335 mm em Ubatuba, 234 mm em Caraguatatuba, 225 mm em Santos, 203 mm em Praia Grande e 186 mm em São Vicente. Um milímetro de chuva equivale a um litro por metro quadrado.

A precipitação, assim, supera, o desastre em Petrópolis de 2022. Na região serrana do Rio de Janeiro, foram 534,4 milímetros de água acumulados em 24 horas. Somente em São Sebastião foram 415 milímetros em apenas dez horas.

Apesar disso, a MetSul ressalta que o temporal do litoral norte de São Paulo não é o mais volumoso ocorrido no país, mas sim o de maior magnitude já registrado e documentado pelos aparelhos modernos. Segundo o instituto, há um outro episódio ocorrido em 20 de junho de 1947, em Biritiba Mirim, em São Paulo. O caso, porém, não foi documentado cientificamente. Fato é que o governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), decretou calamidade pública nos municípios de Guarujá, Bertioga, São Sebastião, Caraguatatuba, Ilhabela e Ubatuba.

Até o momento, as autoridades contabilizam 40 mortes, sendo 39 em São Sebastião e 1 em Ubatuba. As chuvas torrenciais provocaram alagamentos, inundações, deslizamentos e deixaram pessoas desabrigadas e desalojados. Algumas regiões também estão sofrendo com o desabastecimento de água. Já diversos trechos das Rodovias Rio-Santos e Mogi-Bertioga foram interditados – na última, uma cratera se abriu. Veja a situação das estradas do litoral norte.

Fonte: Jovem Pan

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