A Usina de Santo Antônio retomou as operações nesta segunda-feira (16) após duas semanas de paralisação, causada pela seca histórica do rio Madeira em Porto Velho.
De acordo com a Santo Antônio Energia, a decisão de retomada das operações se deu em conjunto com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) devido o aumento da vazão do rio.
Atualmente, estão em atividade três turbinas, com geração de cerca 210 Megawatts.
Paralisação de uma das maiores hidrelétricas do país
No dia 2 de outubro a Santo Antônio Energia informou a suspensão momentânea das operações da hidrelétrica em Rondônia por conta da seca histórica do rio Madeira. Segundo o anúncio, os níveis de vazão do rio estavam 50% abaixo da média histórica.
Essa foi a segunda vez que a hidrelétrica para totalmente as operações. A primeira vez foi em 2014, durante a cheia histórica do rio Madeira. Agora, o motivo foi a seca no mesmo rio.
Dois dias depois, uma das maiores linhas de transmissão de energia elétrica do Brasil, que liga as regiões Norte e Sudeste, foi desligada. A linha de transmissão é conhecida como Linhão do Madeira e liga as hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau à subestação de Araraquara (SP).
De acordo com o ONS, o desligamento da linha teve como objetivo priorizar o abastecimento nos estados do Acre e de Rondônia.
Seca histórica do rio Madeira
O rio Madeira chegou neste mês de outubro ao menor nível já registrado, desde o início das medições há mais de cinco décadas, segundo a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
De acordo com uma minuta apresentada pela diretoria da ANA, o nível do rio na capital ficou abaixo da cota com 95% de permanência, “inferior à cota mínima observada no histórico de 56 anos de medições”.
A cota mínima é referente ao nível de água mais baixo que o rio atinge no período da estiagem. Há quase um ano, o Madeira havia atingido a cota de 1,44 metro: o menor nível registrado em 17 anos, mas a marca foi superada e chegou a menos de 1,17 metro.
No início da noite desta segunda-feira (16), o rio media 1,67 metro, segundo dados do Serviço Geológico do Brasil (SGB).
Fonte: G1-RO