Diante do surto de coqueluche registrado na Bolívia, principalmente na cidade de Santa Cruz de La Sierra, a Prefeitura de Porto Velho alerta a população sobre os cuidados redobrados com a doença. Dados do Ministério da Saúde (MS) apontam que até o dia 2 de agosto, foram confirmados 693 casos de Coqueluche naquele país, dos quais 435 (62,77%) foram em menores de 5 anos, e 258 (37,23%) em crianças maiores de 5 anos. A Bolívia também registrou oito óbitos pela doença.
A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) através dos departamentos de Vigilância em Saúde (DVS) e de Atenção Básica (DAB), tem trabalhado para o fortalecimento de ações na prevenção e controle da coqueluche em Porto Velho, aumentando a vigilância nos casos suspeitos da doença e incentivando cada vez mais a vacinação das crianças, através da conscientização de pais e responsáveis. Dados da Semusa apontam que no período de 2009 a 2019, foram registrados 69 casos de coqueluche em Porto Velho. Os anos de maior registro foram em 2013, 2014 e 2015, com 52 casos notificados. Desde 2019 não se tem a confirmação de casos na capital.
SINTOMAS
A coqueluche é uma infecção respiratória aguda, transmitida pela bactéria Bordetella pertussis, altamente contagiosa. A transmissão ocorre pelo contato direto entre uma pessoa doente e uma pessoa não vacinada, por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou fala, e também por meio de objetos contaminados com secreções do doente.
A principal característica da coqueluche são as crises incontroláveis de tosse seca, que costumam se desenvolver após dez ou 14 dias. Esses ataques normalmente consistem em cinco ou mais tosses consecutivas e forçadas. São considerados casos suspeitos aqueles em que a pessoa, independente da idade e estado vacinal, apresente tosse seca há 14 dias ou mais, associada a um ou mais dos seguintes sintomas: tosse súbita incontrolável, com tossidas rápidas e curtas (cinco a dez em uma única expiração), e vômitos pós-tosse. Também são suspeitos aqueles que, independente da idade e estado vacinal, apresentem tosse seca há 14 dias ou mais, e tenham história de contato com um caso confirmado de coqueluche.
VACINAÇÃO
A vacinação é o principal meio de proteção da doença, mas, desde 2019, Porto Velho registra baixas coberturas vacinais no combate à coqueluche. A Divisão de Imunização da Semusa destaca que na rotina dos serviços de saúde, a vacina é aplicada nas crianças de 2, 4 e 6 meses e duas doses de reforços aos 15 meses e aos 4 anos de idade. Gestantes e profissionais da saúde que atuam em maternidades e redes de atenção neonatal também recebem o imunizante. A proteção contra a doença está inclusa nas vacinas pentavalente/DTP e dTpa, disponíveis em todas as unidades de saúde do município. Confira neste link os locais e horários de funcionamento.
Fonte: SMC