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Saiba quem é Arthur Maia, presidente da CPMI do 8 de janeiro

O deputado federal Arthur Maia (União-BA) foi oficializado, nesta quinta-feira (25), como o presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, que vai investigar as invasões às sedes dos Três Poderes, em Brasília.

A nomeação foi fruto de um acordo feito pela maioria dos membros da CPMI. O deputado, visto como “independente” em relação ao governo Luiz Inácio Lula da Silva, tem uma trajetória de posicionamentos ligados à centro-direita no espectro político.

Nascido em Salvador (BA), Arthur Oliveira Maia tem 58 anos de idade e está na política desde 1989, quando foi vereador de Guanambi (BA) pelo Partido Democrata Cristão (PDC).

Em 1991, tomou posse como deputado estadual na Bahia, cargo que ocupou por quatro mandatos – até 1992 e de 1999 a 2011. Entre 1993 e 1996, foi prefeito de Bom Jesus da Lapa (BA).

Maia é deputado federal desde 2011 e está em seu quarto mandato consecutivo. Na Câmara, votou a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016.

Foi relator da reforma da previdência do governo Michel Temer. Mesmo com várias alterações no texto para atender a demandas dos parlamentares, a proposta não chegou a ser votada pelo plenário, após sucessivas crises envolvendo o então Presidente da República.

No governo Jair Bolsonaro, foi relator da proposta de reforma administrativa, enviada pelo Poder Executivo, na comissão especial que tratou do tema na Câmara. O texto chegou a ser aprovado no colegiado, em 2021, mas não foi à votação no plenário. Em 2022, o deputado presidiu a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Em 38 anos, o parlamentar passou por seis trocas de partido. Foi filiado ao PDC (1985-1990), PMDB (1990-1997), PSDB (1997-2007), PMDB (2007-2013), Solidariedade (2013-2016), PPS (2016-2018) e DEM (2018-2022), até chegar ao União Brasil (2022-presente).

Apoio a Bolsonaro

Nas eleições presidenciais de 2022, Arthur Maia declarou apoio publicamente ao então presidente Jair Bolsonaro (PL) contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em vídeo publicado nas redes sociais.

“A economia liberal em todo mundo tem gerado mais oportunidades e trazido desenvolvimento para os países. Diante disso, não posso me filiar e apoiar esse modelo socializante do PT”, afirmou.

Já em março deste ano, declarou “não ter motivos para votar com o governo” devido ao fato de o União Brasil comandar três ministérios da gestão de Lula. Por outro lado, fez elogios ao petista, classificando-o como um “homem conciliador”.

Na mesma altura, sobre os atos de 8 de janeiro, disse que o episódio foi “uma tentativa de golpe contra as instituições democráticas”. Porém, disse não ser possível afirmar que Bolsonaro teve responsabilidade sobre os ataques.

Nesta quinta (25), ao assumir o comando da CPMI do 8 de janeiro, Arthur Maia disse que a comissão irá investigar as “narrativas” propagadas por governistas e pela oposição.

“Sabemos que há uma narrativa de que tudo que aconteceu está envolvido em uma orquestração maior de um possível golpe para interromper a democracia no Brasil. Isso tem que ser investigado, não pode passar em branco. Por outro lado, sei também que existe narrativa de que houve facilitações, etc. Todos esses discursos existem, e nós, 64 senadores e deputados, teremos obrigação de, com toda honestidade, colher as provas e fazer isso publicamente”, afirmou.

 

Fonte: O Tempo

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