Deputados e senadores de oposição que integram a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do 8 de Janeiro protocolaram uma notícia-crime contra o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. Os parlamentares alegam que Dino prevaricou ao “não encaminhar imagens completas” das câmeras de segurança do Palácio da Justiça, como determinou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A representação foi entregue à vice-procuradora, Lindôra Araújo, na Procuradoria-Geral da República (PGR), nesta terça-feira (15).
Os parlamentares dizem ainda que o prazo para o envio das imagens foi descumprido “de forma deliberada”. O limite original para o envio do circuito interno e externo do ministério era 18 de julho. No entanto, os arquivos chegaram à CPMI na última quarta-feira (9).
A comissão chegou a dar um prazo de 48 horas para que o ministro da Justiça fornecesse as gravações. Depois desse tempo, Dino informou ao colegiado que pediria uma permissão para enviar o material solicitado pelo colegiado ao ministro Alexandre de Moraes.
Segundo o senador Jorge Seif (PL-SC), a CPMI recebeu as imagens de duas câmeras do Ministério da Justiça. “Nós acusamos o ministro Flávio Dino de adotar medidas protelatórias ao não entregar prontamente as imagens solicitadas. E, quando o fez, essas são insatisfatórias e não atendem totalmente os requerimentos. Interpretamos essa ação como um possível esforço para ocultar informações ou manipular evidências”, afirmou. Além de Seif, outros 14 membros da CPMI assinam a representação.
A oposição também quer realizar uma perícia nas imagens do Palácio da Justiça. O objetivo é verificar se houve algum tipo de mudança ou cortes no material. O pedido pelo compartilhamento das gravações é de interesse da oposição, que quer saber se houve algum tipo de omissão por parte de Dino e sua equipe em impedir as invasões.
Fonte: Portal R7