Segundo Naime, havia um grupo no WhatsApp para acompanhar as manifestações, e o Departamento de Operações da Polícia Militar tinha representante.
Naime estava de folga em 8 de janeiro. Segundo ele, as férias estavam marcadas havia um ano, e que, na semana dos atos de vandalismo, estava fazendo exames médicos. “Eu estava doente, no meu limite. Tirei essa semana para fazer exames médicos, estava pré-diabético, isso está nos autos”, afirmou.
Preso por omissão
Naime está preso desde fevereiro por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Ele é o único entre as autoridades investigadas que continua na cadeia. O então comandante-geral da PMDF no dia dos atos golpistas, coronel Fábio Augusto Vieira, e o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres foram soltos.
Ataque de 12 de dezembro
Sobre a tentativa de invasão da sede da Polícia Federal, em Brasília, em 12 de dezembro, Naime afirmou que os manifestantes não estavam no acampamento do quartel-general (QG) do Exército. Segundo ele, quem participou diretamente dos ataques do dia 12 estava hospedado no Setor Hoteleiro.
“Tanto que no dia seguinte o comandante-geral e o secretário de Segurança foram chamados para uma reunião com os donos dos hotéis, que estavam preocupados com esse vandalismo, e vários deles chamaram o comandante-geral no canto. Pelo que chegou ao meu conhecimento foi colocada inteligência nesses hotéis. Eles se reuniam no café da manhã nesses hotéis, planejavam o dia nesses hotéis, não iam nem no acampamento”, disse.
Na ocasião, um grupo de vândalos se reuniu em frente à sede da PF e tentou invadir o prédio. Como foram impedidos, eles começaram uma manifestação nas ruas, queimaram carros e ônibus e atacaram soldados da Polícia Militar, arremessando pedras e pedaços de madeira.
Fonte: R7.com