Xokleng Daniela Caxias tinha 26 anos, era indígena e morava em Santa Catarina. Ela não quis tomar a vacina contra Covid-19, apesar de estar grávida e acabou contraindo o vírus, vindo a desenvolver os sintomas mais graves da doença.
Seu quadro piorou rapidamente, por isso Xokleng precisou ser levada às pressas para o hospital e os médicos decidiram interná-la. A paciente sofreu três paradas cardiorrespiratórias e teve morte cerebral.
Ela já era mãe de um garotinho de 8 anos e no dia 30 do mês passado deu à luz ao segundo filho. O marido dela, Vitor Vicente, conversou com o portal UOL e contou que assim como eles, muitos não acreditavam na pandemia porque ninguém da família foi infectado, mas agora estão todos apavorados.
Vicente contou ainda que a esposa chegou a ser aconselhada a tomar a vacina, mas como estava grávida, ficou com medo de que seu bebê pudesse ser prejudicado de alguma forma e recusou o imunizante.
“A Daniela não era de sair e também não recebia visitas. Não sabemos como ela pode ter pegado essa doença. Ela até deixou o emprego para se isolar e ter apoio dos outros familiares durante a gestação na aldeia. Nós estamos tristes com isso e não é fácil perder a mãe da família“, contou o marido da indígena.
O portal G1 informou que a Secretaria Especial de Saúde Indígena confirmou que Xokleng Daniela Caxias recusou a vacina por quatro vezes, inclusive quando passava por consulta pré-natal e que tudo isso encontra-se registrado no prontuário da indígena.
Ainda de acordo com a SESAI, a Aldeia Figueira conta hoje com 131 pessoas com idade acima de 18 anos e que destas, 120 já foram imunizadas contra a Covid-19, mas 11 recusaram a receber o imunizante.
Fonte: 1NEWS