A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) disse que os móveis do Palácio da Alvorada que “sumiram” quando ela e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se mudaram da residência oficial, eram de sua casa do Rio de Janeiro.
Quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, visitaram o palácio, em janeiro, para conferir a situação do local antes de se mudarem para lá, eles alegaram que alguns móveis não estavam no lugar.
Em redes sociais, Michelle foi questionada sobre os móveis do Palácio. Na época, o assunto teve grande repercussão, mas nem ela, nem o ex-presidente Jair Bolsonaro se pronunciaram sobre o assunto. “Esses móveis, ou estão no depósito cinco do Palácio da Alvorada, ou no depósito da Presidência. Existe esse depósito com várias cadeiras, mesas, sofás, quadros, que você pode fazer esse rodízio. Quando a Marcela Temer me apresentou o Alvorada em 2018, ela me falou dessa possibilidade e da possibilidade de eu trazer os meus móveis da minha casa e poder utilizá-los no Alvorada”, explicou.
“Então que fique bem claro que os móveis que saíram do quarto e da sala eram os móveis da minha casa, da minha casa no Rio de Janeiro, assim como mostro nos registros de Natais, de momentos em família e eu tenho como provar”, diz. “Gente, existe um setor chamado setor de patrimônio, que fiscaliza e que cuida de todos os móveis do Palácio do Alvorada, não é dessa forma, não é assim como eles estão colocando”, completa.
Na sequência, Michelle Bolsonaro ainda alfinetou o presidente Lula e a primeira-dama Janja. Para ela, eles pregam a “humildade e simplicidade”, mas não “querem viver no simples”. A fala da ex-primeira-dama é uma crítica aos móveis adquiridos pelo casal de valor expressivo: um sofá com mecanismo elétrico (reclinável para a cabeça e os pés), que custou R$ 65.140, e uma cama, de R$ 42.230.
“Os móveis estão lá, só que infelizmente os que pregam a humildade, a simplicidade, não querem viver no simples, tá? Zombando e brincando com o dinheiro do contribuinte. Nós ficamos por quatro anos no Alvorada, nós não fizemos nenhuma licitação de enxoval, não tinha toalha, não tinha roupas de cama decente, eu usei os meus lençóis na minha cama, na cama de visitas para não fazer licitação porque eu entendi o momento que nós estávamos vivendo. Agora eu sugiro a CPI dos móveis da Alvorada”, finalizou.
Fonte: Estado de Minas