O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifestou nesta segunda-feira (22/5) sobre o pedido da Petrobras para exploração de petróleo e gás natural na Foz do Amazonas – solicitação negada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Para o chefe do Executivo, é “difícil” que a perfuração na região cause problemas ambientais sobre a Amazônia.
“Se extrair petróleo na Foz do Amazonas, que é a 530 quilômetros, em alto-mar, se explorar esse petróleo tiver problema para a Amazônia, certamente não será explorado. Mas eu acho difícil, porque é a 530 quilômetros de distância da Amazônia, sabe?”, afirmou Lula a jornalistas.
O presidente falou pela primeira vez sobre a exploração da Foz do Amazonas, antes de embarcar de volta ao Brasil, depois de participar como convidado da cúpula do G7 em Hiroshima, no Japão.
O petista defendeu a exploração do local pelas comunidades como uma forma de “sobreviver”.
“Na Amazônia, moram 28 milhões de pessoas. E essas pessoas têm o direito de trabalhar, comer. Por isso, precisamos ter o direito de explorar a diversidade da Amazônia, para gerar empregos limpos, para que a Amazônia e a humanidade possam sobreviver”, ressaltou o mandatário brasileiro.
Embate no governo federal
O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, acompanhou o parecer técnico da autarquia e indeferiu, na semana passada, a solicitação da Petrobras para exploração na Foz do Amazonas.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), manifestou-se anteriormente contra o pedido da petroleira para exploração na região. Entretanto, o Ministério de Minas e Energia destacou que a perfuração seria voltada para pesquisa sobre potenciais da região.
Logo após a decisão do Ibama, o líder do governo Lula no Congresso, senador Randolfe Rodrigues, rompeu com Marina Silva e deixou o partido Rede Sustentabilidade. O político, natural do Amapá, destacou que a exploração do Foz do Amazonas poderia viabilizar o desenvolvimento socioeconômico do seu estado.
Randolfe Rodrigues passou a publicar diversas críticas ao Ibama após negativa para exploração da Foz do Amazonas.
Fonte: Metrópoles