A 2ª Vara Criminal de Santa Maria aceitou a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Território (MPDFT) contra o homem que divulgou fotos dos corpos dos cantores Marília Mendonça e Gabriel Diniz. Marília morreu em acidente de avião no dia 5 de novembro de 2021, e Gabriel faleceu após a queda de uma aeronave em 2019.
No dia 27 de abril, o juiz Max Abrahão Alves de Souza recebeu a denúncia contra André Felipe de Souza Alves Pereira por vilipêndio de cadáver, divulgação de símbolos do nazismo, racismo e xenofobia.
Em despacho expedido no fim da tarde desta sexta-feira (12/5), o magistrado determinou a expedição de ofício para que o Twitter faça, imediatamente, a remoção dos conteúdos publicados por Pereira na rede social.
Até as 18h15 desta sexta-feira, o perfil do réu continuava aberto. Ele foi preso pela Polícia Civil do DF (PCDF) em 17 de abril.
Outros crimes
Pereira também é acusado de ter induzido e incitado discriminações e preconceito por raça ou etnia contra nordestinos, após chamá-los de “escória” e colocá-los como “problema do Brasil”. O criminoso também defendeu que moradores de estados do Nordeste fossem “colocados em campos de concentração”.
Segundo a denúncia, ele também usou documento de identidade falso, atentou contra a segurança e o funcionamento de escolas, depois de divulgar na internet publicações com exaltações, homenagens e incentivos a novos atentados em colégios, em 20 de abril de 2023, mesma data em que, em 1999, ocorreu o Massacre de Columbine, nos Estados Unidos.
Em perfil no Twitter, ele fez postagens de cunho violento, com incentivo a assassinatos e com imagens de armas. A data de criação do perfil de Pereira, o nome usado na rede social e as publicações indicaram, segundo o MPDFT, intuito de disseminar e ampliar o pânico instaurado.
Somadas, as penas dos delitos podem ir de 10 a 31 anos de prisão.
Fonte: Metrópoles