O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação, subiu 0,21% em outubro, após apresentar alta de 0,35% no mês anterior.
Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta quinta-feira (26).
O resultado do mês veio em linha com as expectativas do mercado, que esperava uma alta de 0,2% no período, segundo as estimativas da Reuters.
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,96%, enquanto o acumulado dos últimos 12 meses é de 5,05%, acima dos 5,00% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2022, a taxa foi de 0,16%.
Pesos no resultado
Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em outubro.
A maior variação (0,78%) e o maior impacto (0,16 p.p.) registrados por Transportes pelo segundo mês consecutivo.
A passagem aérea subiu 23,75% e teve o maior impacto individual (0,16 p.p.). Na sequência, o subitem de maior impacto foi transporte por aplicativo (5,64%) e emplacamento e licença (1,64%).
O item combustíveis teve queda de 0,44%, com registro de recuo nos preços nos subitens gasolina (-0,56%), etanol (-0,27%) e gás veicular (-0,27%). Dentro deste item, apenas óleo diesel (1,55%) registrou alta.
Os grupos Saúde e cuidados pessoais (0,28%) e Habitação (0,26%) também registraram aumento nos preços. Ambos contribuíram 0,04 p.p. cada para o IPCA-15 de outubro.
Em Habitação, destacam-se as altas do gás de botijão (1,24%) e do aluguel residencial (0,29%).
Quedas no indicador
Entre os dois grupos que apresentaram queda, a influência mais relevante foi de Alimentação e bebidas (-0,31% e -0,07 p.p.), que recuaram pelo quinto mês consecutivo no IPCA-15.
O subgrupo alimentação no domicílio, com recuo de 0,52%, mostrou desaceleração ante o mês anterior (-1,25%) e exerceu importante impacto no resultado do grupo.
Entre os subitens, destacam-se as quedas do leite longa vida (-6,44%), a principal do IPCA-15 de outubro, além do recuo nos preços do feijão-carioca (-5,31%), do ovo de galinha (-5,04%) e das carnes (-0,44%). Já o arroz (3,41%) e as frutas (0,71%) subiram de preço no mês.
Fonte: CNN