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Inflação tem alta de 0,12% em julho puxada por gasolina, diz IBGE

Após registrar deflação no mês anterior, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,12% em julho, uma alta de 0,20 ponto percentual em relação à taxa de -0,08% registrada em junho. Segundo os dados, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nesta sexta-feira (11/8), o grupo de transportes teve maior impacto na alta do indicador, com avanço de 1,50%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco tiveram alta no mês de julho. A gasolina, subitem de maior peso individual no índice, foi o produto que mais impactou no resultado, com uma variação de 4,75%. O analista da pesquisa do instituto, André Almeida, destacou que mês passado, houve reduções aplicadas nas refinarias. “A alta de julho capta a reoneração de impostos, com a volta da cobrança da alíquota cheia de PIS/COFINS”, explicou.

Também foram registradas altas no gás veicular (3,84%) e no etanol (1,57%), enquanto o óleo diesel caiu 1,37%. As altas da passagem aérea (4,97%) e do automóvel novo (1,65%) também contribuíram para o resultado do grupo.

No lado das quedas, destacam-se os grupos Habitação, com deflação de -1,01%, e Alimentação e bebidas, de -0,46%. A energia elétrica residencial registrou queda de -3,89% e detém o percentual de impacto negativo mais intenso do mês. “O resultado foi por conta da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado integralmente nas faturas emitidas no mês de julho”, destacou Almeida.

Alimentação

Já a queda no grupo alimentação e bebidas foi influenciada, principalmente, pelo recuo nos preços da alimentação no domicílio (-0,72%), que já havia apresentado resultado negativo em junho. Entre os produtos, destacam-se feijão-carioca (-9,24%), óleo de soja (-4,77%), frango em pedaços (-2,64%), carnes (-2,14%) e leite longa vida (-1,86%). De acordo com a pesquisa, todas as quedas estão relacionadas a uma maior oferta dos produtos.

Já a alimentação fora do domicílio (0,21%) desacelerou em relação ao mês anterior (0,46%) em virtude das altas menos intensas do lanche (0,49%) e da refeição (0,15%). Em junho, as variações desses subitens haviam sido de 0,68% e 0,35%, respectivamente.

Os resultados dos demais grupos foram: -0,24% de vestuário; 0,00% de comunicação; 0,04% de artigos de residência; 0,13% de educação; 0,26% de saúde e cuidados pessoais e o 0,38% de despesas pessoais.

No ano, o IPCA acumula alta de 2,99% e, nos últimos 12 meses, de 3,99%, acima dos 3,16% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2022, a variação havia sido de -0,68%.

Fonte: Correio Braziliense
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