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INDIGNADO: Filho de pedreiro que morreu em Hospital de Base relata falta de apoio para levar o corpo do pai até Vilhena

Na última quarta-feira, 25 de outubro, a família de Divino Alves Palmeira, morador da avenida 1ª de Maio, em Vilhena, enfrentou dificuldades inesperadas após o falecimento do patriarca. Divino, de 75 anos, morreu no Hospital de Base, em Porto Velho. Ele foi levado para a capital para realizar um cateterismo e, posteriormente, uma angioplastia.

Edson Chaves Palmeira, filho de Divino, relatou os desafios que a família enfrentou para realizar o sepultamento do pai. Após o procedimento de angioplastia, que ocorreu no Hospital de Base na manhã do dia 25 de outubro, Divino Palmeira infelizmente não resistiu à desintubação na UTI, indo a óbito.

A primeira dificuldade surgiu quando a família se deparou com os altos custos cobrados pelas funerárias para o translado do corpo de Porto Velho até Vilhena, cidade onde reside. A família, que chegou a Rondônia em 1986 e mora em Vilhena há 25 anos, não possuía recursos para arcar com essas despesas.

Em busca de auxílio, Edson Palmeira recorreu ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de Vilhena, esperando apoio em um momento tão difícil. No entanto, a resposta que ele recebeu foi desanimadora. O CRAS informou que não possuía verba disponível para situações como essa e não poderia ajudá-lo.

Diante da falta de alternativas, a família de Edson Palmeira se mobilizou e fez uma vaquinha para arrecadar o valor necessário para o translado do corpo de Divino Palmeira. Essa situação deixou Edson indignado com o CRAS, que, em sua visão, deveria ser uma instituição de apoio em momentos críticos como esse.

Edson Palmeira relatou ainda uma conversa que teve com uma assistente social da capital, que lhe informou que o CRAS deveria possuir uma reserva financeira para lidar com situações semelhantes. Ele alega que a mesma assistente social mencionou um caso em que o CRAS da capital havia custeado o translado do corpo de uma criança de Vilhena que ficou dias no necrotério de um hospital em Porto Velho porque a família não tinha recursos para trazê-lo de volta.

O caso de Divino Alves Palmeira e a dificuldade enfrentada por sua família ressaltam a importância de uma rede de assistência social eficaz e pronta para auxiliar em momentos de necessidade. A história de Edson Palmeira deixa claro que há espaço para melhorias no sistema de apoio às famílias em situações semelhantes em Rondônia e em todo o país.

 

Fonte: Folha do Sul

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