O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, vai solicitar que a Polícia Federal (PF) investigue as causas do apagão registrado nessa terça-feira (15/8). A expectativa é de que o pedido seja feito ainda nesta quarta (16/8), com o ministro tendo anunciado à CBN que a entrega do pedido à PF seria feita pela manhã.
Dino, inclusive, adiantou que há possibilidade de instaurar inquérito policial. Isso acontece quando os peritos são designados para apurar os relatos, neste caso, do ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira.
O ministro ainda disse que é um cenário atípico, e considerou a falha “de grande porte”, destacando que as possibilidades do crime ainda estão em aberto:
“Há uma atipicidade, porque o sistema trabalha com redundância. Houve, portanto, uma falha de grande porte. Há crimes que poderiam ser dolosos, há crimes culposos e há a possibilidade de uma mera falha técnico, um acaso”, afirmou Dino.
O Metrópoles entrou em contato com o ministério, mas ainda não obteve retorno sobre o assunto.
Silveira disse, na terça, que solicitaria uma apuração de ação intencional à PF e à Agência Brasileira de Informações (Abin). “Estamos oficiando o Ministério da Justiça e Segurança Pública para que a PF apure com detalhes o que poderia ter ocorrido, além de diagnosticar onde ocorreu [a falha]. [Vamos] Encaminhar para que PF e Abin apurem eventuais dolos”, afirmou o ministro.
Alexandre Silveira afirmou, ainda, que o evento é uma exceção e que a segurança energética do país não corre risco. “O ocorrido de hoje não tem nada a ver, absolutamente nada a ver com o suprimento energético e a segurança energética do Brasil. Nós vivemos um momento de abundância dos nossos reservatórios”, afirmou.
Relembre
A falta de energia causou transtornos em todas as regiões do país, com a paralisação do transporte público, a suspensão de aulas e o desligamento de semáforos. Foram seis horas de apagão.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) divulgou que o apagão afetou 25 estados e o Distrito Federal. Apenas Roraima não foi afetado pela falta de energia, porque não está interligado ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
Fonte: Metrópoles