O FOLHA DO SUL ON LINE acaba de entrevistar o delegado Ricardo Sarto, da Polícia Civil de Comodoro (MT), que comanda as investigações sobre o avião incendiado encontrado em uma fazenda na manhã desta sexta-feira, 23 (ENTENDA O CASO).
O delegado, que foi com sua equipe até o local do fato, explicou que a aeronave teria sido incinerada propositalmente. Pelos indícios, pessoas que estavam em carros (provavelmente picapes) foram até a propriedade, a cerca de 70 km de área urbana de Comodoro, para apanhar o carregamento.
Os veículos, inclusive, segundo a polícia constatou, teriam sido usados para alargar a pista de pouso improvisada desbastando pés de milho de uma lavoura próxima, o que facilitou a aterrissagem. Um possível defeito mecânico teria impedido a decolagem.
O delegado reforça a convicção de que se tratou de uma operação de tráfico internacional de drogas. “O avião estava sem os assentos, uma tática comum em casos de transporte aéreo de drogas. Além disso, o incêndio seria para apagar vestígios do crime”.
Sarto avalia que a quantidade de drogas era alta, já que a adaptação feita com a retirada dos bancos garantiu espaço para o transporte do carregamento. O delegado disse não saber se a droga seguiu em direção a Mato Grosso ou se foi trazida para alguma cidade de Rondônia através de atalhos.
Polícias de cidades de Rondônia e de Mato Grosso estão mobilizadas e a PRF já foi avisada. O esforço conjunto é para prender os traficantes e apreender o entorpecente.
Fonte: Folha do Sul