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Ex-ministro do STF, Sepúlveda Pertence morre aos 85 anos

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e advogado Sepúlveda Pertence, de 85 anos, morreu na madrugada deste domingo (2/7), em Brasília. O jurista estava internado há cerca de uma semana no Hospital Sírio-Libanês, na capital federal, e sofreu falência múltipla dos órgãos.

Natural de Minas Gerais, Sepúlveda foi indicado ao Supremo em 1989, pelo então presidente da República, José Sarney. Entre 1995 e 1997, ele assumiu a presidência da Corte, da qual se aposentou em 2007. Desde então, dirigia um escritório de advocacia, no Lago Sul.

O ex-ministro foi procurador-geral da República antes de ser indicado por Sarney ao Supremo. Em 2018, ele integrou a defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a convite de Cristiano Zanin.

A informação da morte foi comunicada pelos filhos de Sepúlveda, Pedro Paulo, Evandro Luiz e Eduardo José Castello Branco Pertence.

“Com um aperto no coração, mas cientes do caráter inexorável do destino, informamos que nosso amado pai, Sepúlveda Pertence, faleceu na madrugada deste domingo, no hospital Sírio-Libanês, onde estava internado há mais de uma semana.”

Segundo a família, o velório será realizado no Salão Branco do STF, na segunda-feira (3/7), às 10h. O enterro acontecerá na Ala dos Pioneiros do Cemitério Campo da Esperança em Brasília.

O ministro do STF Luís Roberto Barroso prestou uma homenagem a Sepúlveda nas redes sociais. Segundo ele, o ex-ministro “influenciou gerações de juristas brasileiros”.

“É triste a notícia da partida de José Paulo Sepúlveda Pertence, um dos maiores que já passaram pelo STF. Brilhante, íntegro e gestante, influenciou gerações de juristas brasileiros com sua cultura, patriotismo e desprendimento. Fará imensa falta a todos nós.”

História

José Paulo Sepúlveda Pertence nasceu em Sabará, Minas Gerais, em 21 de novembro de 1937. Ele era casado com Suely Castello Branco Pertence, falecida em outubro de 2016.

Tornou-se bacharel pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em 1960. Passou em primeiro lugar no concurso do Ministério Público do Distrito Federal em setembro de 1963, e exerceu as respectivas funções até outubro de 1969, quando foi aposentado pela Junta Militar.

Em março de 1985, ele foi nomeado procurador-Geral da República, exercendo cumulativamente as funções de Procurador-Geral Eleitoral e de membro do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana.

Em 1989, foi nomeado pelo então presidente, José Sarney, para o Supremo Tribunal Federal (STF), na vaga deixada pelo ex-ministro Oscar Corrêa. Aposentou-se no cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal, a pedido, em 17 de agosto de 2007.

 

Fonte: Metrópoles

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