Em visita à redação do FOLHA DO SUL ON LINE na tarde desta quarta-feira, 07, a atual secretária de Meio Ambiente de Vilhena, empresária Vera da Farmácia, que também já foi vereadora, comentou sobre um episódio está rendendo uma série de boatos na cidade.
A titular da Semma explicou que, no final do ano passado, o representante da empresa catarinense que forneceu para a prefeitura os contêineres que deveriam ser usados na coleta seletiva de lixo veio à cidade para entregar o último lote dos produtos. O projeto foi custeado com recursos do Ministério do Meio Ambiente, começou na gestão do então prefeito Zé Rover e acabou sendo suspenso.
Vera revelou que o empresário ficou grato pela agilidade nos trâmites burocráticos e prometeu bancar um churrasco para os servidores da Pasta. Como era meio de semana, o catarinense preferiu fazer a doação em dinheiro para que os funcionários públicos fizessem a confraternização no sábado ou no domingo.
Segundo Vera, uma servidora acabou recebendo os R$ 400,00, mas depois passou a temer que pudesse ser acusada de receber vantagem indevida e tentou se livrar do dinheiro. Para resolver o problema e acabar com a polêmica, a própria Vera adotou uma atitude radical: simplesmente ateou fogo às cédulas.
A ex-vereadora admite que pode até responder a processo por ter danificado as notas, mas argumenta: “antes isso do que ser chamada de corrupta”. E acrescenta que, mesmo não tendo entendido que o recebimento da quantia para a realização do churrasco fosse ilegal, decidiu simplesmente dar fim ao dinheiro. O gesto dela foi filmado por servidoras.
“Nunca participei de corrupção, seja antes, durante ou depois de exercer meu mandato. E nem faria isso agora, comandando a Secretaria de Meio ambiente”, finaliza a secretária, esclarecendo que, na época dos fatos, na gestão Ronildo Macedo como prefeito interino, ela também era titular da Semma.
Fonte: Folha do Sul