Duas lojas de confecções em Vilhena, situadas em bairros diferentes da cidade, mas pertencentes ao
mesmo empresário, receberam ligações ameaçadoras na tarde desta sexta-feira, 17. Em ambos os casos,
uma pessoa que dizia estar em frente os comércios anunciou uma modalidade inusitada de assalto.
A primeira unidade abordada por telefone fica na avenida Paraná. Ao atender a chamada feita por um
número não identificado, a balconista foi orientada a colocar todo o dinheiro e os celulares sobre o balcão,
pois uma pessoa iria aparecer e apanhar tudo sem machucar ninguém.
Desesperada com o tom ameaçador da voz masculina, a comerciária começou a chorar e, ao acenar
para uma colega, pedindo ajuda, ouviu o autor da ligação avisar do outro lado da linha: se ela
continuasse fazendo aquele movimento, ele entraria na loja e daria um tiro em sua cabeça.
Percebendo que o homem poderia estar por perto, já que havia citado o movimento de braços feito pela
vítima, outra funcionária pegou o telefone e desligou o aparelho. Outras chamadas foram feitas, mas
ignoradas.
Já na filial do centro, ao receber o mesmo tipo de abordagem, a balconista saiu da loja e foi até comércios
próximos, temendo que o ataque a tiros anunciado pelo desconhecido acontecesse. Depois, ela fechou o
estabelecimento e não atendeu novas chamadas.
Uma superiora das mulheres ameaçadas registrou queixa virtual na Polícia Civil, que irá investigar o caso.
O episódio aparenta ser o mesmo tipo de golpe registrado contra uma clínica veterinária no centro de
Vilhena no ano passado.
Naquela ocasião, o estelionatário disse que estava com um homem morto e outro baleado no porta-malas do carro, fazendo o mesmo tipo de exigência. A voz do criminoso disparando as ameaças chegou
a ser gravada
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Fonte: Folha do Sul
