O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, comentou, nesta quarta-feira (30), sobre o não armazenamento das imagens internas da pasta do dia 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram atacadas. Ele explicou que elas não existem mais por “problema contratual”.
“O mesmo problema aconteceu no Senado. É problema contratual. Eu não sabia disso. Não sou gestor de contrato, sou ministro da Justiça. A Polícia Federal veio aqui e recolheu o que precisava. Só soube agora quais imagens a PF recolheu. Eu não conheço o inquérito, está tudo sob sigilo”, declarou.
Na terça-feira (29), a CNN revelou que investigadores concluíram que as imagens solicitadas pela CPMI que investiga os ataques do dia 8 de janeiro já não existem mais. A notícia repercutiu na oposição ao governo.
Dino, no entanto, disse que o secretário-executivo do ministério, Ricardo Cappelli, está tentando obter outras imagens.
“Cappelli está buscando fontes possíveis, outras fontes, para tentar ter mais imagens. Mas [as imagens] são absolutamente irrelevantes para a investigação. Se aparecerem, serão enviadas. Não temos nada a esconder”, disse.
Segundo Dino, novas imagens, se forem recuperadas, “não mudarão os fatos”. “Agora, essas imagens vão mudar a realidade dos fatos? Não, não vão. Não vão aparecer infiltrados e não vai aparecer a prova desse terraplanismo que eles inventaram”, disse o ministro, se referindo à oposição.
“Eu lidei com a crise quase sozinho durante duas horas e eu que sou omisso?”, pontuou.