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Comissão de Agropecuária e Política Rural debate a situação da Monilíase do Cacau em Rondônia

Conforme estabelecido na última reunião do dia 12 de setembro, a Comissão de Agropecuária e Política Rural debateu com vários convidados a situação atual da Monilíase do Cacau e as atitudes tomadas pelos órgãos de controle fitossanitários e responsáveis das esferas estaduais de Rondônia e Acre e da esfera federal. Presidida pelo deputado Luís do Hospital, o debate da comissão contou com a presença dos deputados Cirone Deiró, Claudia de Jesus, Cássio Góis, Ieda Chaves, Ezequiel Neiva e Affonso Candido.

O presidente do Idaron, Júlio Cesar Rocha Peres e o Gerente de Inspeção e Defesa Sanitária Vegetal – Jesse de Oliveira Junior, apresentaram os dados das pesquisas e inspeções que ocorreram em Rondônia, nas áreas rurais e urbanas, bem como os dados obtidos junto ao Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Acre. Em sua apresentação o presidente do Idaron foi salutar em afirmar que Rondônia esta livre da monilíase, depois das mais de 600 inspeções urbanas e rurais, não foram encontrados nenhuma planta com a monilíase, mas que isso é importante que não traga conforto ao produtor, pois o trabalho de cuidado e preservação precisa continuar.

O gerente de Inspeção e Defesa Sanitária Vegetal, Jesse de Oliveira Junior, trouxe mais informações sobre a monilíase no estado do Acre, que só foi encontrada na área urbana da cidade de Cruzeiro do Sul, em frutíferas de quintal, com mais de 8 metros de altura e já bem antigo. “Diante dessa ocorrência, devem ser reforçadas as medidas de contingenciamento para bloqueio da disseminação da Monilíase no território rondoniense envolvendo todos os elos da cadeia produtiva do cacau”, finalizou Jessé.

Monilíase

A Monilíase é uma doença do cacaueiro e do cupuaçuzeiro, causada pelo fungo Moniliophthora roreri que ataca diretamente o fruto em qualquer fase do seu desenvolvimento. Uma vez instalada nas plantações causa grandes perdas econômicas, pois pode comprometer até 100% da produção. Nos frutos doentes, inicialmente são formadas manchas achocolatadas que mais tarde esporulam, formando um pó creme que contém milhões de esporos do fungo. Esses são dispersos principalmente pelo vento, mas também pela água da chuva, além de insetos, animais selvagens e pelo próprio homem, principalmente, a longas distâncias, infectando os frutos de novas plantas e espalhando a doença.

O representante da Câmara Setorial do Cacau no Estado de Rondônia e do Movimento Pró Cacau, Francisco Hildemburg Costa Bezerra, que também é vereador por Jaru, apresentou suas preocupações a caso a doença seja disseminada e apareça nos pomares rondonienses, questionando as autoridades fitossanitárias sobre os planos de contingência acaso os produtores tenham que aprender a conviver com a Monilíase em seus pomares.

Na ocasião, os membros da Comissão proporam outra reunião para tratar sobre o assunto na comissão da Assembleia em busca de um estudo mais aprofundado sobre os planos de contingência.

 

Fonte: ALERO

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