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CEO admitiu ter “quebrado regras” para construir submarino desaparecido

O CEO da OceanGate, Stockton Rush, admitiu ter “quebrado regras” para construir o submarino que desapareceu com quatro passageiros na expedição turística aos destroços do Titanic, no domingo (19/6). Há um ano, o empresário fez um tour pelo interior do submersível com o ator mexicano Alan Estrada, e disse ter passado por cima de regulações para usar o submersível como atração turística.

Na conversa com Estrada, Rush conta que queria ser lembrado como um “inovador”.

“Gostaria de ser lembrado como um inovador. Acho que foi o general McArthur que disse: ‘Você será lembrado pelas regras que você quebrou’. Eu quebrei regras ao fazer isto, eu acho que as quebrei com lógica e boa engenharia de suporte. Misturar fibra de carbono e titânio é uma regra que você não quebra, mas eu quebrei”, afirmou o CEO na entrevista publicada no Youtube.

O CEO, que já chegou a afirmar em outra entrevista que “segurança é desperdício”, também disse ao ator mexicano que quebrar regras é um ato em prol da inovação.

“É escolher que as regras que você quebre adicionem valor para os outros e para a sociedade, e acho que isso tudo tem a ver com inovação. Não é invenção”, ressaltou o Rush.

No vídeo, o CEO mostra a única janela do submersível que permite a visão para o oceano. Além disso, Rush dá detalhes sobre a mistura de fibra de carbono e titânio que seria proibida e compõe a estrutura do veículo aquático.

“É acrílico, flexiglass, com sete polegadas de espessura. É grande, pesa 80 libras (176 kg). Quando a gente se aproximar do Titanic, vai se encolher, vai se deformar. Antes de quebrar ou dar falha, começa a crepitar e você recebe uma enorme advertência se for falhar” explicou.

Segundo o jornal Le Monde, a embarcação nunca chegou a ser certificada por autoridades oficiais, como Lloyd’s Register, American Bureau of Shipping ou Bureau Veritas.

Ao ator mexicano Rush disse que a sua expedição submarina deveria ser encarada do mesmo modo que as expedições espaciais.

“É aqui onde nós vamos encontrar as estranhas novas formas de vida. O futuro da humanidade é subaquático; não está em Marte. A gente não vai ter uma base em Marte ou na Lua. Vamos tentar, vamos desperdiçar muito dinheiro, mas vamos ter sim uma base subaquática. Quando o Sol se extinguir, ainda haverá essas formas de vida lá embaixo.”

 

Fonte: Metrópoles

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