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Brazão tinha embaralhador de sinal no gabinete para não ser gravado

São Paulo – Implicado pela delação do ex-PM Ronnie Lessa no assassinato da vereadora Marielle Franco, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão sempre prezou, de acordo com investigações da Polícia Federal (PF), por estratégias para não ser gravado ou grampeado por rivais e investigadores.

Em relação ao caso Marielle, Brazão negou, em entrevista ao Metrópoles nessa terça-feira (23/1), as acusações que ligam seu nome ao crime e disse que a denúncia pode ser parte de uma estratégia dos verdadeiros assassinos para proteger alguém.

Alvo de outras apurações, Brazão sempre foi cauteloso. Segundo a PF, agentes localizaram em seu gabinete, em 2017, um embaralhador de sinal. O equipamento foi apreendido e chamou a atenção dos investigadores.

“Supostamente utilizado para embaralhar/interferir em equipamentos que emitam sinais eletromagnéticos, como, por exemplo, telefones celulares, dispositivos ocultos de escuta ambiental, impossibilitando a transmissão de diálogos travados no ambiente”, anotou a PF, no documento lavrado para registrar a apreensão.

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