Diante da escalada de violência nas cidades equatorianas, o Brasil se colocou à disposição para ajudar. Nesta quarta-feira (10/1), o diretor-Geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, fez contato com o diretor da Polícia do Equador, Cesar Zapata, e os demais diretores que integram a Ameripol, para colocar a PF à disposição do Equador e oferecer apoio.
Foram acionados os adidos da PF na Colômbia e no Peru, para que acompanhem a situação e façam as devidas informações. Além disso, a PF está atenta às informações e troca de dados via Ameripol e Interpol. Desde outubro do ano passado, a PF admitiu (pagando todos os custos) um policial do Equador no Centro de Cooperação Policial Internacional (CCPI) no Rio de Janeiro, que serve como ligação direta para acompanhamento da situação.
O Equador entrou em uma crise de violência após fuga do líder da gangue criminosa mais poderosa do país. Adolfo Macías, conhecido como “Fito” e líder da gangue Los Choneros, desapareceu no domingo (7/1), quando deveria ser transferido a uma instalação de segurança máxima. O governo reagiu, adotou medidas duras e o que se seguiu foi uma escalada de crimes como resposta das facções.
Nesta terça (9/1), o Ministério do Interior do Peru havia determinado o envio “imediato” de forças de segurança para a fronteira com o Equador. Agora, o Brasil anunciou ajuda.
Violência no Equador
O presidente do Equador, Daniel Noboa, decretou “conflito armado interno” no país. A medida autoriza o uso do Exército e da Polícia Nacional contra a ação de facções criminosas. A decisão do Executivo também passa a identificar as facções criminosas como “organizações terroristas”.
Também nesta terça, criminosos armados invadiram os estúdios da TC Televisión, na cidade de Guayaquil, durante um programa ao vivo. O ataque foi televisionado, e as imagens mostram os funcionários sendo obrigados a deitarem no chão.
A Polícia Nacional do Equador usou as redes sociais para informar que capturou 13 pessoas suspeitas de invadirem os estúdios.