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ASSISTA: Vítimas de massacre em Vilhena teriam sido obrigadas a ficar de joelhos; grupo armado metralhou barracão após execuções

Cozinheira sobrevivente andou a pé por 15 km junto com duas crianças

A reportagem esteve na fazenda onde cinco pessoas foram mortas na noite de ontem e obteve novos detalhes da chacina. A propriedade, palco de outro massacre, fica a cerca 100 km da área urbana de Vilhena.

No local, a reportagem obteve a informação de que um grupo de sete homens, fortemente armados, chegou à fazenda por volta das 19:00h. Ao ouvir o barulho, um dos netos do dono da terra saiu e deu de cara com os assassinos. “Não atira que é um menino”, teria alertado um dos integrantes do bando.

Ao ouvir as vozes, o fazendeiro Heladio Cândido Senn, conhecido como “Nego Zen”, saiu para ver do que se tratava e foi baleado com uma arma de grosso calibre. Na casa em anexo, dois empregados da propriedade e a esposa de Zen já haviam sido dominados.

As crianças (havia outra neta de Nego Zen no local) foram levadas para a residência do caseiro, e trancadas com a cozinheira do casal assassinado, conhecida pelo apelido de “Gorda”. Um outro funcionário da fazenda conseguiu fugir antes de ser dominado pelos assassinos.

Um dos empregados assassinados, identificado como Jhonatan Rocha Borges dos Reis, de 21 anos, era casado com a cozinheira. Após trabalhar por sete meses na propriedade, ele havia deixado o emprego, mas voltou há duas semanas, levando a esposa para morar no local.

EXECUÇÃO SUMÁRIA
Junto com os três empregados, a esposa de Nego Zen, Sônia Biavatti, foi levada para uma espécie de refeitório. Ali, todos teriam sido obrigados a ficar de joelhos e executados com tiros na cabeça. O terceiro morto não teve sua identidade divulgada.

TORTURA
Um policial que estava no local contou ao site que, mesmo atingido mortalmente, Nego Zen também teria sido torturado. O policial revelou que havia perfurações de faca no corpo dele.

TIROTEIO
A reportagem constatou que um barracão usado para guardar máquinas e ferramentas teve as paredes de metal crivadas de balas de diferentes calibres. Uma bandeira do Brasil colocada sobre a estrutura metálica também foi metralhada pelo grupo armado (VEJA VÍDEO ABAIXO).

OS SOBREVIVENTES
Hoje pela manhã, horas depois que os assassinos haviam ido embora, deixando para trás o rastro de sangue e atrocidades, a cozinheira “Gorda” saiu do cômodo onde havia sido trancada e caminhou por cerca de 15 quilômetros levando as crianças. O pai de uma delas (filho de Nego Zen), que estava na cidade, havia ligado, mas como as chamadas não foram atendidas, ele se deslocou para a fazenda, encontrando os sobreviventes na estrada.

AUTORIA E MOTIVAÇÃO
A polícia não divulgou se há pistas sobre suspeitos ou a motivação do ataque violento. Existe a possibilidade de a ação ter sido executada por invasores, que reivindicam a terra, ou ser serviço executado por pistoleiros profissionais.

CLIQUE ABAIXO e assista o vídeo.

Fonte: Folha do Sul

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