A Comissão de Inventário Anual da Presidência da República informou nesta quarta-feira (20/3) que encontrou todos os itens que estavam “desaparecidos” no Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República. Segundo uma conferência realizada em novembro de 2022, faltavam 261 bens. No entanto, após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), uma nova verificação constatou a falta de 83 móveis, utensílios domésticos, livros e obras de arte.
A notícia foi revelada pelo jornal Folha de S.Paulo e posteriormente confirmada pelo Correio Braziliense. No início do terceiro mandato de Lula, o suposto sumiço do patrimônio foi motivo de acusações e ataques.
No início do mandando, em um café da manhã com jornalistas, Lula expressou indignação com o antigo governo. “Não sei se eram coisas particulares do casal, mas levaram tudo. Então a gente está fazendo a reparação, porque aquilo é um patrimônio público”. A Secretaria de Comunicação Social da Presidência informou que os trabalhos para localizar os bens foram finalizados somente em setembro do ano passado.
“Os trabalhos foram finalizados somente em setembro do ano passado, quando todos os bens foram encontrados em dependências diversas da residência oficial. Ou seja, houve um descaso com onde estavam esses móveis, sendo necessário um esforço para localizá-los todos novamente”, afirmou em nota.
Diante da falta de itens, a Casa Civil gastou quase R$ 200 mil, sem licitações, com móveis novos para o Alvorada. A Secom esclareceu que os objetos compõem o patrimônio público da União.
A acusação do governo contrastou com as declarações, na época, de Michelle Bolsonaro, que refutou dizendo que os objetos estavam guardados no depósito e que o casal petista estava fazendo uso político acusando ela e Jair Bolsonaro de sumirem com o patrimônio da Alvorada.
O ex-presidente Jair Bolsonaro, por meio da conta no X (antigo Twitter), acusou Lula de fazer uma “falsa comunicação de furto”, afirmando que todos os móveis estavam no Alvorada.
“Todos os móveis estavam no Alvorada. Lula incorreu em falsa comunicação de furto”, publicou. A declaração foi reforçada por seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que acusou Lula de mentir para justificar gastos públicos. “O desonesto Lula mentiu! Acusou Jair Bolsonaro para poder gastar o dinheiro dos brasileiros comprando móveis de luxo para sua majestade real”.
Fonte: Correio Braziliense