Mesmo após receber uma nova chance de trabalho, uma emprega doméstica foi presa pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) suspeita de furtar diversas vezes a patroa, levando inclusive dinheiro guardado no cofre da família.
Após receber denúncia da empregada, a 5ª Delegacia de Polícia (Área Central) deflagrou a operação Mãos Leves para prender a empregada doméstica de 34 anos.
A empregada tinha trabalhado para a vítima, uma servidora pública de 42 anos, em 2021, mas acabou demitida após se desentender com uma das filhas da patroa.
Segundo a PCDF, no início de 2023 a empregada pediu para voltar ao trabalho, dizendo que precisava de uma nova chance, e a patroa aceitou.
No decorrer do ano, a vítima vendeu seu automóvel em parcelas. Logo após receber a 1ª parte e a guardar o valor no cofre, a mulher terminou um relacionamento amoroso.
Alguns dias depois do rompimento, ela percebeu o sumiço dos R$ 25 mil que estavam guardados no cofre.
Suspeitos errados
Inicialmente, a mulher suspeitou de seu ex-companheiro ou de outros prestadores de serviço.
Na última sexta-feira (08/12), porém, percebeu que a 2ª parcela do pagamento da venda do carro também havia desaparecido do cofre. A mulher passou, então, a desconfiar da empregada.
A vítima decidiu colocar uma câmera escondida e conferiu que havia a quantia de R$ 3 mil no cofre. No início da noite de segunda-feira (11/12), foi verificar e deu a falta de R$ 1 mil.
Chaves
Ao analisar as imagens captadas pela câmera instalada, a vítima percebeu que a autora, usando as chaves originais do cofre, o abriu e subtraiu os valores. A patroa acreditava ter perdido as chaves.
Policiais foram até a casa da empregada, localizada na Cidade Ocidental (GO). Segundo os policiais, ela mostrou que escondia o dinheiro nos bolsos de vários shorts guardados em seu armário.
Os policiais ainda notaram que havia na casa vários perfumes, cremes e shampoos de marca, além de eletrodomésticos e eletroportáteis novos e roupas ainda com etiquetas.
Confira:
Os policiais filmaram os objetos e mostraram para a vítima. A patroa reconheceu alguns deles como sendo dela.
Os policiais decidiram apreender todos os bens com origem suspeita, tanto por eventualmente terem sido furtados, quanto pela possibilidade de terem sido adquiridos com o dinheiro furtado.
Além dos bens apreendidos, os policiais encontraram na casa da autora a quantia de R$ 4.150,00. Segundo a PCDF, a suspeita ofendeu e ameaçou os policiais durante a operação.
Prisão em flagrante
A emprega foi presa em flagrante por furto duplamente qualificado pelo abuso de confiança e pelo uso de chaves falsas e pelo crime de desacato.
De acordo com a Polícia, no interrogatório, a mulher confessou a subtração da quantia encontrada em sua casa, mas negou os demais bens apreendidos tenham sido furtados ou comprados com o dinheiro levado da patroa.
Para justificar os objetos, ela disse que era mantida por um amante de Minas Gerais e que o homem havia comprado todos aqueles bens.
Segundo a PCDF, a empregada ainda afirmou que o mantenedor havia morrido no início do ano, tendo ela então pedido para voltar a trabalhar para a vítima.
A empregada foi recolhida à carceragem da PCDF, onde permanecerá à disposição da Justiça. Somadas, as penas dos crimes de furto qualificado e de desacato alcançam 10 anos de prisão.
Fonte: Metrópoles