Mauro Cesar Cid passou a considerar a sério a opção de fazer uma delação premiada quando a CPMI do 8 de Janeiro descobriu que o coronel do Exército Jean Lawand Junior o havia visitado no Batalhão da Polícia do Exército, em Brasília, onde o antigo braço-direito de Bolsonaro está preso.
Lawand foi o militar que trocou mensagens com Cid sugerindo um “golpe de Estado” para impedir a posse de Lula.
Na avaliação da família de Cid, naquele momento o ministro Alexandre de Moraes ganhou o argumento técnico de que ainda não dispunha para justificar a prisão preventiva de Cid.
Uma das hipóteses para se determinar a prisão preventiva é o risco de o suspeito influir no inquérito. Lawand também é investigado sobre a participação na discussão sobre um eventual golpe. Ou seja: eram dois investigados encontrando-se e possivelmente combinando versões.
Cid também recebeu a visita do advogado e assessor de imprensa de Bolsonaro, Fabio Wajngarten.
O entendimento da família Cid, a partir daquele momento, passou a ser de que não seria mais possível conseguir a soltura com o argumento de que não havia razão técnica para mantê-la. Conforme revelou a jornalista Andréia Sadi nesta semana, Cid já entregou ao STF o termo em que manifesta intenção de fazer uma colaboração premiada.
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