Uma aposentada de 77 anos foi vítima de um golpe aplicado via WhatsApp, em Vilhena recentemente. O crime aconteceu há dez dias e a vítima perdeu quase mil reais. O caso foi registrado na polícia.
Ao FOLHA DO SUL ON LINE, a filha da aposentada, que também foi vítima, já que ela foi quem fez a transferência via Pix para a conta dos golpistas, disse decidiu por divulgar a sua história como forma de alertar a sociedade sobre o golpe.
Conforme relatou a mulher, na sexta-feira, 18, uma mensagem via WhatsApp do número (69) 99951-5178 chegou para a sua mãe. Na mensagem, a pessoa dizia que era filho da idosa que havia trocado o chip, e que estava precisando de R$ 950,00 para pagar o conserto do carro.
Ocorre que o filho da vítima, havia saído de madrugado do Maranhão com destino a Vilhena, onde mora o filho dele, neto da vítima, havia passado por cirurgia por conta de uma úlcera que havia estourado. Como a idosa não tem pix, e estava impedida de sair de casa, pois estava cuidando das crianças, cuja a mãe estava no hospital com o garoto operado, ela ligou para a filha, e contou a história.
Desconfiada, a filha ligou para o irmão, mas como ele estava em trânsito, e fora de área, não atendeu. Ela conta que argumentou com a mãe sobre a possibilidade de ser golpe, mesmo depois de ver que a conta para depósito não estava no nome do irmão, e sim de uma mulher de nome Marizete Kereski, no PagSeguro S.A.
Conforme a entrevistada, o golpista, se passando por seu irmão, convenceu a mãe de que a conta dele na Caixa estava em manutenção e que por isso não poderia fazer o depósito nela, pois ele não poderia sacar para pagar o conserto. A idosa, atordoada com o cenário do neto internado e de, supostamente, o filho preso na estrada sem ter como pagar o conserto do carro, convenceu a filha a fazer a transferência.
Ela conta que, naquele mesmo dia, mas tarde, mais uma mensagem chegou para a sua mãe pedindo mais dinheiro, mil reais desta vez. Como ela já estava ao lado da mãe, tentou uma chamada de vídeo, mas o suposto irmão não atendeu e disse que a internet era muito ruim para chamada de vídeo.
Certa de que era um golpe, a mulher se dirigiu até a Caixa Econômica Federal e contou o que havia ocorrido, na esperança de que fosse possível fazer um estorno, mas a resposta foi negativa. Ela registrou o ocorrido na Unisp e lá também ouviu de que quase nada poderiam fazer muito além de registrar a ocorrência.
Conforme a mulher, mensagens foram enviadas também para o celular dela, em outro número que tinha no perfil a foto do filho. O teor da conversa era o mesmo: pedido de dinheiro. “Eu gostaria que essa história servisse de alerta para que outras pessoas não caiam nesse tipo de golpe. Acho que o ideal é ter calma, não tomar nenhuma decisão no calor da pressão”, disse.
O irmão dela chegou na segunda-feira passada e pode ver o filho que já recebeu alta e está em casa, de repouso, se recuperando da cirurgia
Fonte: Folha do Sul