O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), serão suplentes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que irá apurar os atos do 8 de Janeiro. Os partidos e blocos do Congresso Nacional formalizaram, ao longo desta quinta-feira, 11, as indicações para o colegiado, que ainda não foi formalmente instalado. O grupo oposicionista na Câmara ainda aguarda a decisão final sobre o partido Novo, que pleiteia na Justiça o direito a uma cadeira, para indicar um último nome. A CPMI será formada por 16 senadores e 16 deputados.
O deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR), líder da Federação Brasil da Esperança, formada pelo PT, pelo PCdoB e pelo PV, escolheu os deputados Rubens Pereira Jr. (PT-MA), Rogério Correia (PT-MG) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ). Os suplentes são o ex-presidente da Câmara Arlindo Chinaglia (PT-SP), Carlos Veras (PT-PE) e Delegada Adriana Accorsi (PT-GO). Cotado para assumir uma cadeira na comissão, Lindbergh Farias (PT- RJ), vice-líder do governo na Câmara, foi preterido após tecer críticas ao projeto de lei do novo arcabouço fiscal. A deputada Erika Hilton será a titular do PSOL – Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) é o suplente. Do lado do PL, os membros titulares serão Delegado Ramagem (PL-RJ), André Fernandes (PL-CE), que coletou assinaturas para a instalação do colegiado, e Filipe Barros (PL-PR). Como suplentes, além de Eduardo Bolsonaro, estão Marco Feliciano (PL-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG).
No Senado, a Oposição anunciou os nomes dos senadores Eduardo Girão (Novo-CE) e Magno Malta (PL-ES). Já como suplentes, serão os senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Jorge Seif (PL-SC). Os senadores Esperidião Amin (PP-SC) e Damares Alves (Republicanos-DF) também serão titulares. Luiz Carlos Heinze (PP-RS) e Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) ficam na suplência. O PT indicou os senadores Rogério Carvalho (SE) e Fabiano Contarato (ES) para representar a sigla na Casa Alta. Há, ainda, a indefinição sobre os nomes escolhidos pelo PSD e pelo União Brasil, que possuem ministérios no governo Lula.
A CPMI só funcionará quando tiver pelo menos 17 nomes titulares indicados. Entre os impasses está a vaga do Novo, partido que foi barrado por supostamente não ultrapassar a cláusula de barreira, motivo que levou seus parlamentares a ingressar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) – o ministro Luis Roberto Barroso já pediu uma manifestação da presidência da Câmara sobre os motivos que levaram à exclusão do Novo.
Fonte: Jovem Pan